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Juros no maior nível em quase 20 anos: BC freia novas altas e economia surpreende no 1º trimestre

Selic sobe para 15% e Banco Central anuncia pausa no ciclo de alta. Mesmo com juros elevados, PIB surpreende com crescimento de 1,4% no primeiro trimestre e projeções para 2025 são revistas para cima.

Juros no maior nível em quase 20 anos: BC freia novas altas e economia surpreende no 1º trimestre

Selic sobe para 15% e Banco Central anuncia pausa no ciclo de alta, enquanto economia mantém ritmo de crescimento.

Em 18 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, levando os juros básicos da economia brasileira para 15% ao ano — o nível mais alto desde julho de 2006. Esta foi a sétima alta consecutiva promovida pelo Banco Central, refletindo a preocupação da autoridade monetária com a inflação ainda acima da meta e com expectativas de mercado desancoradas.

Seis dias depois, em 24 de junho, o Banco Central anunciou uma pausa no ciclo de aperto monetário, indicando que pretende observar os efeitos acumulados das altas anteriores antes de adotar novas medidas. Apesar da interrupção, a instituição foi clara ao afirmar que está preparada para retomar os aumentos caso a inflação volte a se acelerar ou as expectativas se desestabilizem.

A Selic em 15% deve gerar impactos importantes sobre a economia real. No consumo, a tendência é de desaceleração, já que os juros elevados desestimulam compras financiadas, como automóveis e imóveis, e encarecem o crédito tanto para famílias quanto para empresas. Nos investimentos produtivos, o alto custo do capital reduz o ímpeto por expansão em setores industriais e de serviços. Em contrapartida, aplicações em renda fixa se tornam mais atrativas, o que pode ajudar a valorizar o real e conter a inflação importada.

A expectativa do Banco Central é que a inflação — atualmente projetada em torno de 5,2% para 2025 — caminhe gradualmente para a meta de 3% até 2027. Essa visão também é compartilhada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que avalia o cenário brasileiro com otimismo moderado.

Enquanto a política monetária segue apertada, os dados de crescimento surpreenderam positivamente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% no primeiro trimestre deste ano, impulsionado principalmente pela agropecuária, pelo consumo das famílias e por investimentos privados.

O resultado animou o mercado e levou a revisões nas projeções de crescimento para 2025. O FMI elevou sua estimativa para 2,3%, enquanto o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, atualizou a projeção do PIB para 2,18% (ante 2,13% anteriormente). Ambos os diagnósticos indicam resiliência da economia brasileira, mesmo em um ambiente de juros elevados e incertezas externas.

O Brasil, assim, atravessa um momento de transição: crescimento ainda firme, inflação em trajetória de queda, mas com política monetária altamente restritiva. O equilíbrio entre esses fatores será determinante para os próximos passos da economia.

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